Arquivo | fevereiro, 2013

Fatos da vida que você tem que aprender. (Por bem ou por mal).

25 fev

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Antes de qualquer coisa, esse texto não é uma cagação de regra desenfreada. É apenas a minha visão sobre alguns fatos, e coisas que aprendi sendo muito feliz e também quebrando bastante a cara. E daí pensei em dividir isso tudo que descobri com as pessoas, caso seja útil.

Vou dividir esse post em dois, por alguns motivos. Primeiro porque são muitos os fatos, depois que são algumas verdades talvez difíceis de digerir, e hoje é segunda feira! Também porque textos muitos longos são chatos de ler, e por fim, para que você volte aqui na semana que vem. Rá!

Os homens que as mulheres idealizam não existe.

O cara sensível, companheiro, romântico, semi-perfeito que repara quando você cortou o cabelo ou mudou o formato da sobrancelha, que faz questão de te acompanhar no cabelereiro ou a fazer compras. O cara que entende sua TPM, que te fala as coisas certas a todo instante, que quer estar com você a qualquer hora… Esse cara é gay. Desculpa, mas ele tá tão de olho num bofe quanto você e é capaz que ele leve. Os príncipes que vem no cavalo branco, que idealizamos desde crianças não existem. E se o seu veio num ornitorrinco, de havaianas, e cabelo bagunçado, mas te faz feliz, é o que importa. E segura, porque a coisa não tá fácil pra ninguém.

Você faz o bem para se sentir bem.

E tudo bem. Você não é pior por isso. Pelo contrário. Ao menos estamos fazendo alguma coisa. A gente ajuda pessoas, faz doações e usamos nosso tempo para melhorar a vida de outras pessoas, não somente para o bem delas. Isso nos faz muito bem e nos alivia a consciência.

É como num episódio de Friends em que o Joey numa discussão com a Phoebe, diz que não existe ação realmente altruísta, já que as pessoas na visão dele, só fazem boas ações para se sentirem bem. Ou seja, mesmo as ações altruístas na verdade são egoístas. E ela tenta mudar isso com um exemplo que não da muito certo.

Phoebe: Eu encontrei uma ação altruísta. Fui passear no parque e deixei uma abelha me picar.
Joey: Como isso pode ser uma boa ação?
Phoebe: Isso faz a abelha se sentir poderosa na frente dos seus amigos abelha. A abelha está feliz e eu definitivamente não.
Joey: Uh, Pheebs, você sabe que a abelha provavelmente morreu depois de te picar né?
Phoebe: Droga !!!

As pessoas mentem. E você também.

Se você negar isso já está mentindo. Todo mundo mente. E não há exceção. O que muda é a intensidade, e a intenção da mentira. Se a mentira não existisse o mundo seria muito chato e as pessoas não se relacionariam. É importante uma mentirinha pra se vender numa entrevista, pra impressionar um gatinho no primeiro encontro, pra sair de uma enrascada da noite anterior, pra conseguir mais prazo para um job, pra ajudar aquela amiga que tá na lama, pra dar um toque no namorado carente. A mentira é necessária. É só usar com moderação. E pro bem. Não faz mal a ninguém.

Nem todos os homens são iguais.

Existem uns mais legais, uns mais inteligentes, uns mais queridos, uns mais especiais, uns mais divertidos, uns malas, uns insuportáveis, uns lindos e uns medonhos. Existem os que vão te fazer muito feliz e os que vão te quebrar a cara e o coração. Acontece. Existem aqueles que vão parecer perfeitos por um instante ou um que você não dava nada e é o grande amor da sua vida. Eles estão por aí. E eles são diferentes. Generalizar e falar que são todos iguais é típica frase de baranga amargurada, e sozinha.

Mulheres também querem sexo.

Desculpem os moçoilos que ainda pensam que não. E que querem casar com uma virgem. Se as suas parceiras não estão pedindo sexo pra você podem estar pedindo pro seu coleguinha, se liga! Nós queremos sim, e precisamos disso tanto quanto vocês. Nós falamos baixarias com as nossas amigas (e detalhes que vocês nem chegariam perto de contar pros seus brothers). Nós pensamos nisso em momentos inesperados, nós precisamos disso para nos sentirmos mais felizes, amadas, ou apenas pelo prazer mesmo. Ah, e para liberar a tensão, melhorar o humor e termos uma pele invejável, é claro.

Beleza é sim fundamental.

Não seja hipócrita de dizer o contrário. Num primeiro contato com uma pessoa, seja numa entrevista, numa balada, seja num jantar, você vai sim reparar se ela bonita. Ou você tem visão de lasers pra saber se ela é culta e bom caráter e é a pessoa mais incrível que já conheceu? O mercado de trabalho está aí pra comprovar. Os filmes, novelas, seriados também. As filas de espera em médicos cirurgiões e clínicas de beleza também não me deixam mentir. Não é preconceito, é realidade. Ser feia atrapalha, atrasa e traz um monte de problemas. Concordo que a beleza aparece muito também no jeito da pessoa. E no charme. E que as pessoas que se sentem bonitas são de fato as que atraem isso. Então se você não se sente bem, e linda com alguma coisa em você, corre pra academia, pro endócrino, pro cabelereiro, pra plástica. Sério que a vida melhora.

Não existe felicidade plena, existem momentos felizes.

Sabe aquelas pessoas que estão sempre felizes? Que parece que não tem problema, que a vida delas é uma eterna festa? Que são saltitantes e fofas 100% do tempo que parecem que até peidam rosas?  Aqueles casais que são perfeitos nas redes sociais e você tem até uma invejinha de tão incríveis que são? Então, essas pessoas não existem. Não nesse mundo. Não existe ser feliz o tempo todo. Eu mesma sou dessas que parece que está sempre de bom humor, gargalhando, e parece que vim diretamente de um filme da Disney e acabei de comer um brigadeiro. Mas acredite, não é sempre assim e nem teria como ser. Existem momentos muito felizes e com pessoas que te deixam feliz e plena, e é desses momentos que você tem que usufruir e aproveitar o máximo que puder. Felicidade o tempo todo não existe e nem faz sentido. Estamos nesse mundo justamente pra correr atrás dela. Haja o que houver.

Essas são as minhas verdades, não são as únicas.

Esses são os fatos que eu colecionei e deduzi durante a minha vida. Vida essa que deve ser meio como a sua, mas ainda assim diferente. São as verdades que eu acredito. Você pode ficar à vontade para discordar (concordar muito!) e comentar. E semana que vem trago mais alguns fatos. Até lá! ;)

noia.com.br

18 fev

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Quando penso que a tecnologia e a internet estão aí para facilitar e agilizar nossas vidas, vêm os relacionamentos e nos mostram que é exatamente o contrário. Comunicação via tecnologia então? Ta aí algo que nos atrasa a vida, nos agoniza e nos desespera. Não é nada simples. Simples era na época dos meus avós que eles se mandavam cartas. Escreviam de próprio punho, colocavam perfume (awhnn) e mandavam. E demoraaava pra chegar e quando chegava tinha o ritual de rasgar o envelope, ler com calma, apertar perto do coração. Era puro romantismo. Ou até mesmo quando éramos mais novos e não existia o celular. Era bem fácil. O cidadão me ligava em casa, naquele tal de telefone fixo:

– Alô, por favor a Gabriela está?

– Não, ela saiu.

Pronto. Assim acabava a situação. E o namoradinho de infância vivia bem e eu quando chegasse em casa, se quisesse ligava de volta. Senão, falava outra hora. Outro dia. Mas hoje em dia… ahhh hoje em dia. Não existe não encontrar alguém. E o pior, existe encontrar e morrer de agonia quando não correspondem.

Você tá saindo com um carinha, tá tudo indo super bem. Daí você pensa que não tem mais idade pra joguinho né… então resolve se comunicar. E se comunicar em 2013 significa mandar mensagem, porque não existe mais ligar. Os celulares daqui a pouco até cospem coca-cola mas não ligam mais. Então você pensa em mandar a primeira mensagem do dia. Ele mandou a primeira ontem né? Tudo bem.

E você manda um whatsapp, porque sms is sooo last season. “Oi, tudo bem?”. E daí marca um pauzinho do lado da frase. Foi. Daí marca dois pauzinhos. Ele leu. E ele tá online. Deu game. Não, não deu game nada. Ele não responde. Tá lá, online, que nem uma mula e não responde. Daí eu te pergunto: Por que? Sério, na minha opinião, existem poucos motivos para não se responder um whatsapp depois de lido: a) o celular foi roubado naquele exato instante que ele leu a mensagem, b) o celular caiu num bueiro e nunca mais será encontrado, c) ele perdeu as duas mãos com aquela doença que cai as partes do corpo, d) todas as alternativas juntas. Não, não tem nenhuma outra possibilidade. Isso aqui é um diálogo, um fala o outro fala. Se eu quisesse essa demora mandaria um e-mail, ou um telegrama. Eu só falei “oi tudo bem”, não te pedi em casamento. Responde caceta!

E num dia ele vem com mil mensagens fofas, conversas longas e emoticons incríveis e apaixonados e no outro some. Dá uma gastura… E não vem com aquele papinho “Ah ando muito ocupado, não tive tempo de responder”. Mano, você é o Barack Obama? Não, então duvido que seja assim tão ocupado. É o Papa? Não também, e até ele responde real time agora via twitter e você não pode? E mesmo se for tão ocupado, você não parou pra beber água hoje? Não fez cocô? Aposto que fez cocô, poderia ter mandado uma mensagem já que estava sentado, ou respondido a minha.

E a tecnologia nos boicota tanto, porque eles mostram quando o cidadão leu! Isso é de matar qualquer um de úlcera. O facebook mostra a hora que a pessoa viu, mostra até quem já viu, se foi uma mensagem pra várias pessoas. Os e-mails avisam se a pessoa abriu, o iphone pode dar share location, o whatsapp avisa que horas a pessoa estava online por último (isso é o cúmulo da noia!). Ninguém tá ajudando não, gente.

E não pense que isso melhora quando se namora. As vezes é até pior. Porque na nossa mente doentia, se ele está online e não está falando com a gente… vai que está falando com alguma moçoila suspeita? Veja que a hipótese dele estar falando com os amigos, com a família, com os grupos do futebol nessas horas nem passam pela nossa cabeça. E se fica amigo de uma mulher linda no facebook? Let the stalk begin! Descobrimos até o professor de infância da princesa. Trabalhamos melhor que o FBI na investigação. E se ela fica curtindo cada status e cada movimento dele? Inconveniente, convenhamos. Não se toca? O cara namora, na-mo-ra. Tá lá escrito, tem foto. Precisa ficar interagindo com tudo e amando tudo? É a bobo da corte? Precisa rir de tudo? E no instagram vale a mesma regra, se a menina é biscate ela é biscate, logo todas as fotos dela serão de biscate de alguma maneira. E todas as amigas na foto também são. Portanto, não vejo motivo algum pra que se curta nenhuma foto de uma pessoa assim. Certo? Então a não ser que ele tenha tido um mini surto de parkinson, não vejo porque dar dois toques, ou seja, curtir uma foto assim. E nem que eu não queira entrar no perfil da quenga pra ver, o instagram me avisa as fotos que ele está curtindo. Conforme eu havia dito, é um boicote sem fim da tecnologia. Não dá pra fugir.

E com a família isso não muda também. Porque quando sua mãe te liga e você não atende, a única possibilidade é um terrível sequestro, certo? Não existe você não ter ouvido, ou o celular estar na bolsa, ou estar na outra linha. Não existe mandar mensagem também. É sequestro, acidente de carro, qualquer tragédia.

É muita noia, é surreal. O mundo de hoje já nos pressiona o suficiente. Por sucesso profissional, por estar linda e impecável, por ser magra, por enfrentar o trânsito, por lidar bem em relacionamentos… E daí quando a tecnologia devia nos ajudar ela só intensifica essa pressão e essa neurose. Mas é questão de se controlar, e saber lidar. Porque não tem como fugir. Ou você vai abrir mão do seu smartphone e voltar pro Nokia da cobrinha? Se sim, boa sorte nos seus relacionamentos. Se conseguir se relacionar com alguém…

Não, obrigada. Tô só dando uma olhadinha.

4 fev

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Ontem estava fazendo uma das minhas atividades favoritas: compras. Estava pensando… Para a maioria das mulheres, o melhor programa do mundo. Meio que é, afinal você passeia, se distrai, normalmente está com uma boa companheirA (com A maiúsculo, pois sempre tem que ser A. Não leve homens pra fazer compras. É injusto, e da merda. Eles não nos levam no campeonato de FIFA no Play Station, não é mesmo? Segue esse princípio!). Bom, e aí é só alegria, a gente experimenta coisas lindas, compra coisas que não precisa, se sente a próxima gata do verão, fica planejando quando vai desfilar o look, é uma terapia.

Mas é impressionante como essa atividade pode também ser insuportável!! Como? Basta ter uma mula te atendendo. Pra começar, não vem me perguntar o que eu quero e se eu preciso de ajuda. Se eu precisar de você eu te chamo, eu juro. E se eu estou na loja da Gucci em pleno Iguatemi (ou seja, no Brasil), tenha certeza que eu só estou olhando e admirando, não vou precisar em nada da sua ajuda.

Daí quando você de fato quer ajuda, você chega na loja e diz o que quer, vem uma vendedora suuuuuper sorridente logo te atender:

– Oi querida, como você chama?

– Gabriela.

– Gabí. Vamos ver o que a gente acha.

Em primeiro lugar, é Gáááby, com ênfase na primeira sílaba. E outra, não sou sua amiga. Não me venha com apelidos. É Gabriela pra você.

– Então, eu queria um biquini cortininha preto, tem?

– Vou ver no estoque.

Ela aperta o botão e berra: “Samaaara, pedido, desce frente única, samambaia, coleção yemanjá, todos os tamanhos, tropical, referência 8462”

Mas só era um simples preto.

– Olha gata, (Oi? Gata?) tem beterraba, coral e estampado. Só que não tem cortininha, tem tomara que caia.

– Putz, sou super peituda, tomara que caia nao rola. É capaz de cair mesmo.

– Gabí, esse modelo é beeeem grande, super amplo mesmo. Serve em todo mundo.

Querida, nao fala isso, não fode. Se não me servir pega mal. Se é suuuper grande e aaamplo, e eu não entro, sou o que? Um mamute?

– Ah ta, vou provar então.

Alguns SEGUNDOS depois.

– E aí Gabííí, ficou bom?

– Só um minutinho.

– Nossa, ta liiiinda.

Cê tá me zoando né? Sua cretina.

– É que não serviu.

Claro. Conforme eu havia dito, sou peituda, e naturalmente, se fosse silicone era mais fácil de arrumar pra caber, gata.

– Quero a parte de cima G e a de baixo M, rola?

– Ai, não posso fazer. Mas você não quer aproveitar e ver essa saidinha? Essa saia bem linda.

– Mas por que, tá na liquidação?

– Não. Tá 600 reais, aproveita!

Mas aproveitar o que, colega? Que já temos toda essa amizade?

– Vou pegar a saia pra você. Que número você usa? Eu sou 34. (E quem foi que te perguntou sua desgraçada? Eu era 34 com 9 anos!) Acho que você deve ser 38 né?

– Eu tenho quase 1,80. (Você não enxerga?) Traz a 40, da branca, por favor.

– Aqui gata, não tinha a branca, mas te trouxe verde limão dela no 36.

Mas quem quer uma saia branca não há de querer a neon e não saber como expressar esse desejo, não é mesmo? E ainda que eu quisesse, devo escolher uma das pernas pra usar a saia? Porque um ser humano que usa 40 tem que eleger a perna que vai vestir a 36 né? Ou compra 2, de repente e aí da pra cobrir tudo.

– Bom, desencana. Vou partir pros calçados ou acessórios.

Adoro esse lance de loja que proíbe o vendedor de falar “não”.

– Tem raquete de frescobol?

– Olha Gabí, tem pé de pato.

– Entendi, e rasteirinha 39?

– Nossa 39!

– É querida, 39. Sou alta, como disse no início.

E como você até agora não conseguiu assimilar.

– Tenho 37.

– Sim, eu tava pensando mesmo em me livrar dos meus dedos que não me servem pra nada, acho que o 37 vai ficar just perfect!

– E essa blusa aqui Gabí? Essa saiu muito!

Aaaaah, então agora que eu tenho mais chances de encontrar alguém vestido igual a mim eu não vejo a hora de ter essa peça!

– Acho que não, não to precisando. Obrigada.

– Mas tá tão linda. Até eu comprei.

– Legal, to indo, tchau.

Adeus debil mental.

– Tchau Gabí, boa semana. Volta aqui pra ver a coleção nova semana que vem. E procura por mim. Sou a Jennifer.

– Aham, volto sim Jennifer. Sentá lá.